Márcia Aparecida dos Reis Polck
Luis Manoel Paes Siqueira
Alcina Magnólia Barreto
Resumo: Roteiros de geoturismo urbano têm sido muito divulgados nos últimos anos, visto que como grande parte da população reside nas grandes cidades, além de sítios geológicos, as rochas de revestimento dos monumentos históricos e arquitetônicos, bem como pavimentos, podem ser utilizadas para difusão geocientífica. Em função disso, o presente trabalho propõe um roteiro geoturístico, com base em rochas fossíferas, que se inicia no arrecife do Marco Zero, prosseguindo pelas edificações de prédios e monumentos do Recife (PE). A escolha do roteiro levou em conta a importância geológica, paleontológica, histórica e cultural em área de fácil acesso ao público. O arrecife do Marco Zero (arenito de praia, beachrock), representa uma linha de costa formada na última transgressão da costa brasileira, no Holoceno, com nível relativo do mar mais alto do que o atual cerca de 2m. Os demais pontos do roteiro [Muralhas da Rua Barão Rodrigues Mendes, Sinagoga Kahal Zur Israel (Rochedo de Israel), Igreja da Madre de Deus, Capela Dourada, Igreja do Divino Espirito Santo (Antiga Calvinista dos Franceses), Mercado de São José, Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento de Santo Antônio, Igreja Matriz do Espirito Santo da Boa Vista e Colégio Presbiteriano Agnes Erskine] são espaços em variados locais da cidade com a presença de rochas fossilíferas. Nesse roteiro destacam-se as seguintes rochas sedimentares e seus respectivos fósseis: calcário Lioz (Rudistas †Radiolites e †Caprinula), arenito de praia e calcário da Formação Gramame com moluscos bivalves. A divulgação da geodiversidade permitirá uma nova abordagem turística e educativa, agregando maior valor geocientífico e se constituindo atração para diferentes públicos.
Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/aigeo/article/view/35300/pdf